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De volta, com 'los pies' na Berlinale 2020

A cobertura latinoa-americana do festival alemão este ano você acompanha aqui

16/02/2020 às 15:26


É bom estar de volta. La Latina revive, neste ano de 2020, com um gancho especial: a 70ª edição do Festival Internacional de Cinema de Berlim (Berlinale), em que a presença brasileira dá um novo salto expressivo. 

De 12 filmes nacionais contemplados na Berlinale do ano passado, o que já era um recorde, subimos a 19 este ano, espalhados pelas diferentes seções da programação. De novo, há um longa-metragem brasileiro na disputa principal, pelo Urso de Ouro. Em 2019, foi “Marighella”, de Wagner Moura, e este ano será “Todos os mortos”, de Marco Dutra e Caetano Gotardo. Ele compete com outros 17 filmes do mundo todo.

Triste ironia: se no Brasil o momento é de crise e apreensão para o cinema nacional, fora do país acontece uma consagração pelo crescimento da indústria nas últimas duas décadas.

 

Berlim é um dos maiores festivais do mundo em termos de público, além de uma vitrine central para o cinema internacional, ao lado de Cannes e Veneza. O tom e o direcionamento da programação do evento, para assumir um talento e se posicionar em relação à concorrência, são políticos – o que resulta em uma preocupação que vai além da essencial qualidade artística dos filmes, tocando os temas centrais que a sociedade discute hoje (diversidade de gêneros, os rumos da imigração, a desigualdade social etc). 

Há uma dupla de diretores novos da Berlinale, que chega para substituir o alemão Dieter Kösslick, que esteve à frente do festival por 20 anos. O italiano Carlos Chatrian assume a direção artística, e a holandesa Mariette Rissenbeek, a direção executiva. Apesar de a programação deste ano ter nascido na gestão anterior, novos ventos soprarão certamente soprarão em Berlim, ainda mais se tratando do aniversário de 70 anos do festival. 

Na cabeça do júri estará o ator britânico Jeremy Irons, comandando um grupo de sete que conta com a presença do cineasta brasileiro Kleber Mendonça Filho (diretor de “Bacurau”, “Aquarius” e o “Som ao redor”) e da atriz franco-argentina Bérénice Bejo (que protagonizou “The artist”, de Peppy Millher em 2011). A homenageada pela carreira nesta edição será a atriz britânica Hellen Mirren. 

Todas as novidades e os highlights, com o olhar focado no Brasil e no resto da América Latina, é o que o La Latina vai reportar de Berlim, in loco. Acompanhem!

A Berlinale acontece este ano de 20 de fevereiro a 1 de março.